10 fevereiro 2009

Autismo, afinal o que é?

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...... «O meu desenvolvimento não é absurdo, ainda que não seja fácil de compreender. Tem a sua própria lógica e muitas das condutas a que chamais “alteradas” são formas de enfrentar o mundo segundo a minha maneira especial de ser e perceber. Faz um esforço para me compreender.»
................................................................................................................................ Riviere, 1996
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O termo Autismo deriva da palavra grega Autos que significa “Próprio/Eu” e Ismo que traduz uma orientação ou estado. De uma forma mais simples, a palavra Autismo designa o estado de alguém que se apresenta, de uma forma pouco própria, absorvido em si mesmo (Marques, 2000).
Ao autismo pode chamar-se também de “Síndrome de Kanner”, “Autismo Infantil” ou “Psicose Infantil”. Este aparece, geralmente, nos três primeiros anos de vida. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer raça, etnia ou estatuto social.
É uma perturbação que se divide em três domínios do nível funcional: interacções sociais, comunicação e comportamentos focalizados e repetitivos. O balançar do corpo, os gestos e os sons repetitivos são comuns em autistas, sendo mais frequentes em situações de maior ansiedade. A insistência na repetição é, então, uma particularidade do autismo e é por isso que as pessoas com autismo têm rotinas, por vezes inflexíveis, ficando perturbadas quando qualquer acontecimento impede ou modifica essas rotinas. O autismo pode ser acompanhado por fobias, perturbações de sono ou da alimentação e crises de birra ou agressividade.
A criança autista tem uma aparência totalmente normal e pode passar por um período de normalidade antes da manifestação dos sintomas. Os autistas não demonstram, inicialmente, as suas emoções e ignoram as pessoas, principalmente, quando solicitados.
Na adolescência, um autista, além das características comuns desta condição psicológica, junta ainda os problemas próprios desta fase de vida, no entanto, o facto de estar numa idade jovem pode ajudar a que haja uma melhor capacidade de se relacionar socialmente com aqueles que o rodeiam, ou, pelo contrário, pode voltar a fazer birras e mostrar-se mais agressivo consigo próprio ou com quem o rodeia.
Na idade adulta, a maioria dos autistas continua a precisar de uma atenção especializada. Embora não sendo comum, algumas pessoas autistas “podem trabalhar num sistema normal de emprego, desenvolvendo tarefas organizadas segundo uma rotina regular, que lhes permita usar destrezas não dependentes da linguagem, que não exijam muito contacto com outras pessoas e que não necessitem de flexibilidade de pensamento” (Riviere, 1994).
De acordo com psiquiatras, um autista pode ficar curado sob o ponto de vista psicossocial, mas dificilmente tem uma reabilitação completa do ponto de vista técnico e prático do distúrbio. Apesar de ser uma condição permanente, não é uma sentença de morte e se os familiares se informarem e possuírem uma boa base familiar e emocional, um autista poderá viver em harmonia e felicidade, dentro das suas limitações.

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1 comentário:

  1. oi amei seu blog ... me visita la tbm.. e me segue rsrs bjos

    http://autismo-licaodevida.blogspot.com/

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